Gloria Estefan fala sobre retorno após pausa por morte de mãe: “Demorei mais de um ano para poder cantar”

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Cantora cubana conversou com Quem sobre o seu novo álbum ‘Brazil 305’, que traz regravações de sucessos em ritmos brasileiros

Gloria Estefan, de 62 anos de idade, tem com o samba uma relação afetiva. A cubana, que foi criada nos Estados Unidos, aprendeu a ouvir e gostar da música brasileira ainda criança, por meio dos discos de sua mãe, Gloria Fajardo. Talvez por esse motivo ela fale e cante com tanta propriedade esse ritmo, que dá o compasso de seu novo álbum, Brazil 305, em que regrava versões brasileiríssimas de hits, entre eles Rhythm Is Gonna Get You e Don’t Wanna Lose You, que a consagraram em seus mais de 40 anos de carreira. Em conversa com a revista Quem, Gloria relembra o período de um mês que passou entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, no começo do ano passado, para se aprofundar em nossa cultura e finalizar seu álbum.

“Foi uma experiência inesquecível poder aprender sobre o ritmo e gravar um vídeo na Bahia com as baianas, que foram as que originaram o samba ao improvisar canções enquanto lavavam roupas. Foi uma experiência única para mim, amante de música brasileira. Respeito tanto a esse ritmo que, assim como a música cubana, tem raízes africanas. Além disso, tive a oportunidade e a honra de conhecer grandes nomes do samba como Monarco, que fundou a Portela, Alcione, que é a Celia Cruz (cantora cubana) do Brasil, e Carlinhos Brown, com quem eu fiz uma amizade muito linda. Também pude falar com Maria Rita, que é filha de um de meus ídolos, Elis Regina, e de quem gosto muito do trabalho também. Desfrutei muito de todo o processo para fazer esse álbum”, relembra.

Detalhes sobre o novo trabalho

Além de regravações, Gloria traz canções inéditas em seu disco, como Cuando Hay Amor, que teve o clipe gravado em Salvador. A letra, composta por seu marido e empresário Emilio Estefan, fala do amor que supera todas as dificuldades e diferenças. A canção relembra a essa união que ela tem de mais de 40 anos, que começou a ser construída quando entrou para o grupo musical dele, Miami Latin Boys.

“Quando eu disse à gravadora Sony que queria colocar músicas inéditas no disco, Emílio fez com Andrea Lopez e Nicolas Tovar essa canção. Me lembro até hoje que quando a ouvi pela primeira vez comecei a sorrir. Me lembra muito a nossa relação. Emilio é a pessoa mais positiva e motivadora que eu conheço. Ele sempre tenta fazer a minha vida mais fácil, feliz e tranquila. E eu tento fazer o mesmo para ele. Essa canção fala disso, de como com o amor, o difícil se faz simples e o simples se faz especial. É a nossa forma de viver. Essa canção transmite todo o amor que temos vivido por tantos anos. Em setembro completamos 42 anos de casados.”

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