Como o alcoolismo quase matou Phil Collins
Phil Collins é um dos três únicos artistas no mundo a vender 100 milhões de álbuns tanto em carreira solo como integrando uma banda
Sentado em uma suíte espaçosa em um luxuoso hotel em Londres, Phil Collins está devorando um prato de batatas fritas. “Depois você pode me trazer uma taça de vinho branco, por favor?”, pede o músico a um assistente.
O pedido me causa surpresa, já que sua recém-lançada autobiografia, Not Dead Yet (Ainda não Morri, em tradução livre) revela, pela primeira vez, a extensão de sua batalha contra o alcoolismo.
“Uma noite após a outra, eu me vi na cama, olhando para o céu cinzento da Suíça, arruinando minha vida. Eu estava completamente sozinho – meus amigos eram Johnnie Walker e Grey Goose”, diz ele, em referência a marcas de uísque e vodca.
Em entrevista à BBC, ele confessa: “Houve muitos momentos de tristeza como essa. Todos por culpa minha. Às vezes, eu apenas desabava. Um dia, lembro que estava tentando levantar para dar um abraço nas crianças e me desequilibrei. Deixei marcas de dente no piso da sala.”
“Outra vez lembro de estar subindo as escadas e desmaiar. Acordei com uma poça de sangue em volta da minha cabeça. São muitos momentos dos quais eu não me orgulho.”
Segundo o livro, Collins está sóbrio há três anos – e ele percebeu meu estranhamento quando pediu um vinho. “Atualmente, eu consigo tomar dois ou três taças de vinho – e isso é o suficiente para mim, obrigado”, conta.