”Essa você ouve na Rádio Planeta Saudade”
“Crying in the Rain” é uma das canções mais emblemáticas do A-ha, lançada em 1990 como parte do álbum East of the Sun, West of the Moon.
Embora seja originalmente uma composição dos famosos letristas Carole King e Howard Greenfield, escrita para o Everly Brothers em 1962, a versão do A-ha trouxe um novo frescor à balada, combinando a melancolia da letra com o estilo synth-pop característico da banda, que havia dominado os anos 80.
Ao longo da década de 80, o A-ha conquistou uma enorme base de fãs com sucessos como “Take on Me” e “The Sun Always Shines on TV”. Porém, “Crying in the Rain” marcou uma transição importante para a banda.
O álbum East of the Sun, West of the Moon mostrou um som mais maduro e introspectivo, diferente das batidas eletrônicas mais leves de álbuns anteriores.
A reinterpretação de “Crying in the Rain” se destacou pela simplicidade emocional, onde a voz melódica de Morten Harket, com seu timbre suave e profundo, trouxe uma vulnerabilidade única à canção.
O sucesso dessa versão também está ligado ao videoclipe, que ajudou a popularizar ainda mais a música, sendo exibido em larga escala na MTV e outros canais musicais.
O clipe foi dirigido por Steve Barron, o mesmo diretor que havia colaborado com o A-ha em “Take on Me”, e trouxe uma atmosfera sombria e introspectiva, capturando a essência de solidão e dor expressas na letra.
A canção foi bem recebida pelos fãs e pela crítica, destacando-se em paradas musicais na Europa e América Latina.
Embora não tenha alcançado o mesmo nível de sucesso comercial que os maiores hits do A-ha nos Estados Unidos, “Crying in the Rain” solidificou a posição da banda como uma das mais respeitadas e influentes da época.
Ela demonstrou a capacidade do A-ha de reinterpretar clássicos com um toque moderno e emocionalmente autêntico.
Até hoje, “Crying in the Rain” é uma presença constante nas setlists de shows da banda e continua a ser uma das músicas mais queridas pelos fãs, evocando uma sensação de nostalgia e melancolia que é ao mesmo tempo atemporal e profundamente pessoal.