Renato Aragão, um dos maiores ícones do humor brasileiro, celebra hoje 90 anos de vida.

Nascido em 13 de janeiro de 1935, na cidade de Sobral, no Ceará, Renato começou sua carreira como advogado, mas rapidamente percebeu que seu verdadeiro talento estava em fazer as pessoas rirem.

Seu jeito carismático e seu humor simples conquistaram o Brasil e transformaram sua trajetória em um marco na história do entretenimento nacional.
A carreira de Renato Aragão porém só decolou nos anos 1960, com a criação de ”Os Trapalhões”” um programa de televisão humorístico, criado por Wilton Franco e estrelado pelo quarteto cômico de mesmo nome, composto por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu um personagem cênico distinto.
O grupo já obtinha sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960.
O programa estreou no ano de 1974, aos sábados, na Rede Tupi.
E em 13 de março de 1977, estrearam na TV Globo, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios.
E se tornou um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, o programa entrou para o Livro Guinness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.
Ao lado de Dedé Santana, Mussum e Zacarias, Renato Aragão deu vida a uma das formações mais icônicas do humor no Brasil.
Os Trapalhões abordavam temas cotidianos e sociais com leveza, sátiras e músicas e o resultado final sempre muita risada, atingindo um público diverso e fiel.
No centro de tudo, estava Didi Mocó, o personagem de Renato Aragão. Didi era o ingênuo e esperto que sempre se envolvia em confusões, mas, no final, conseguia contornar as situações com um toque de genialidade.
Esse personagem conquistou não apenas crianças, mas também adultos, tornando-se um símbolo do humor brasileiro.
Além do sucesso na televisão, Renato Aragão fez história no cinema. O primeiro filme deles, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1966), contava apenas com a dupla Didi e Dedé.
Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes,
Entre as décadas de 1970 e 1990, ele protagonizou uma série de filmes com Os Trapalhões, muitos deles campeões de bilheteria. Clássicos como Os Saltimbancos Trapalhões (1981), O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977) e A Princesa Xuxa e os Trapalhões (1989) marcaram gerações e são lembrados até hoje com carinho. Sua capacidade de misturar humor com mensagens de amizade, justiça e solidariedade tornou suas produções atemporais.
Renato também foi pioneiro na ligação entre humor e causas sociais. Em 1986, ele tornou-se embaixador do UNICEF no Brasil, utilizando sua influência para apoiar campanhas em prol das crianças e adolescentes. Sua dedicação a projetos humanitários consolidou seu papel como uma figura admirada além do universo artístico.
Mesmo após o término de Os Trapalhões na TV em 1995, Renato continuou a se reinventar. Ele lançou projetos como o programa A Turma do Didi, voltado para o público infantil, e participou de especiais televisivos que revisitaram o legado dos Trapalhões. Sempre com energia e paixão, Renato mostrou que o humor é uma força capaz de unir pessoas.
Hoje, aos 90 anos, Renato Aragão é mais do que um humorista: ele é um símbolo de alegria e resiliência. Sua contribuição à cultura brasileira é imensurável, e sua capacidade de espalhar sorrisos continua sendo sua maior marca. Parabéns, Didi!